quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Coisas abandonadas nas gavetas!



Comprei um cartão em uma viagem, um desses cartõezinhos com foto e frase bonita sobre amizade, pensei em entregar pra uma amiga com quem não tenho estado bem nos últimos tempos. Tive no mínimo 3 oportunidades para entregar. Queria escrever alguma coisa no verso, pra mostrar pra ela que adoraria que as coisas melhorassem, a inspiração sumiu, só consegui escrever "não estou feliz com a situação.". E comecei a pensar que gostaria muito que voltássemos a ser como antes, mas isso não foi suficiente, um outro sentimento, parecido com orgulho me fez pensar que eu já tinha tentado me aproximar antes e não deu certo. E que ela provavelmente não se importaria com aquilo, e deixei tudo como estava, guardando o cartão numa gaveta...
Seria cômico, se não fosse trágico, saber que abandonamos nossas boas intenções, nossos bons impulsos e nossas gritantes vontades, por medo e orgulho! Medo de tentar e quebrar a cara, perder tempo, se expor à toa... Tantos sentimentos bons, amizades verdadeiras, ligações e mensagens que mostrariam o quanto nos importamos, uma Lembrancinha de uma viagem... Coisas que vão sendo guardadas em gavetas, soterradas pela eminente sensação de "Não vão se importar mesmo... É melhor deixar pra lá, vai ser inútil...". E assim pessoas sensíveis vão ficando frias, sem muita fé nas pessoas e nas coisas boas....

sábado, 16 de fevereiro de 2013

O que eu queria ser quando crescesce...

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Eu fui crescendo sem saber o que queria ser... Adorava desfilar e tirar fotos, inventar que era designer e desenhar modelos de vestidos, entre outras besteiras... Não combinava com a minha realidade, acabei deixando pra lá...
Aos 12 anos Também cheguei a pensar em ser escritora, e até comecei a escrever um livro, mas abandonei essa carreira, por achar q lia muito e não tinha um estilo próprio.
Talvez, a profissão que mais tenha pensado sério em seguir era psicologia... Por alguns anos adorava essa idéia, mas minha paciência foi diminuindo e cheguei à conclusão de que não tinha vocação pra isso.
Então, por falta de vocação para qualquer coisa, e por achar que melhoraria o mundo de alguma forma, decidi fazer medicina.
A minha visão de médico era linda. Eu achava que o médico sabia de tudo um pouco e que sempre era gentil com os pacientes. Que teria um tipo de vínculo com as pessoas que estavam aos seus cuidados. E que ajudaria a resolver qualquer tipo de emergência que acontecesse em sua presença. Partos, infartos, engasgos, enfim, qualquer coisa...
Me inspirei nos médicos sem fronteiras , depois que vi na tv. E achava que ia fazer algo desse tipo algum dia. Enfim, achava que poderia melhorar a vida das pessoas ao redor de alguma maneira..
Não imaginava que existisse esse negocio chamado residência, especialização...Que hoje em dia é uma corrida maluca pra passar em bons lugares e se especializar o máximo possível. Que, veria pacientes esperando procedimentos que talvez só possam ser realizados depois que eles já tiverem partido. E que ficaria arrasada por ver as pessoas sofrendo, as vezes sem nenhum parente, num colchão sem lençol ou nas cadeiras em corredores. E o pior, não tendo o que fazer por todos, tendo que se tornar um pouco mais frio e distante pra não se envolver emocionalmente, com o risco de entrar em depressão...
Não dá pra mudar o mundo. Mas dá pra tentar fazer a minha parte. Ser como os médicos que eu imaginava. Me importar, não pensar só em dinheiro e ter um relógio na parede atrás do paciente pra marcar o tempo que fico com ele. Sorrir,. Ouvir. Cuidar...