![]() |
Adicionar legenda |
Eu fui crescendo sem saber o que queria ser... Adorava desfilar e tirar fotos, inventar que era designer e desenhar modelos de vestidos, entre outras besteiras... Não combinava com a minha realidade, acabei deixando pra lá...
Aos 12 anos Também cheguei a pensar em ser escritora, e até comecei a escrever um livro, mas abandonei essa carreira, por achar q lia muito e não tinha um estilo próprio.
Talvez, a profissão que mais tenha pensado sério em seguir era psicologia... Por alguns anos adorava essa idéia, mas minha paciência foi diminuindo e cheguei à conclusão de que não tinha vocação pra isso.
Então, por falta de vocação para qualquer coisa, e por achar que melhoraria o mundo de alguma forma, decidi fazer medicina.
A minha visão de médico era linda. Eu achava que o médico sabia de tudo um pouco e que sempre era gentil com os pacientes. Que teria um tipo de vínculo com as pessoas que estavam aos seus cuidados. E que ajudaria a resolver qualquer tipo de emergência que acontecesse em sua presença. Partos, infartos, engasgos, enfim, qualquer coisa...
Me inspirei nos médicos sem fronteiras , depois que vi na tv. E achava que ia fazer algo desse tipo algum dia. Enfim, achava que poderia melhorar a vida das pessoas ao redor de alguma maneira..
Não imaginava que existisse esse negocio chamado residência, especialização...Que hoje em dia é uma corrida maluca pra passar em bons lugares e se especializar o máximo possível. Que, veria pacientes esperando procedimentos que talvez só possam ser realizados depois que eles já tiverem partido. E que ficaria arrasada por ver as pessoas sofrendo, as vezes sem nenhum parente, num colchão sem lençol ou nas cadeiras em corredores. E o pior, não tendo o que fazer por todos, tendo que se tornar um pouco mais frio e distante pra não se envolver emocionalmente, com o risco de entrar em depressão...
Não dá pra mudar o mundo. Mas dá pra tentar fazer a minha parte. Ser como os médicos que eu imaginava. Me importar, não pensar só em dinheiro e ter um relógio na parede atrás do paciente pra marcar o tempo que fico com ele. Sorrir,. Ouvir. Cuidar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário